- Cristian Martins - Musico/Jornalista
Iniciei o curso de comunicação social – jornalismo, através do interesse pelo estudo dos fenômenos sociais e o comportamento das pessoas diante das adversidades cotidianas, quando postas em conflito com sua própria ética.
Em estudo direto de filosofia, tive a oportunidade ver com outros olhos algumas manifestações conotativas sobre as pessoas e seu comportamento.
Umas das bases desse estudo foi o filme Ensaio Sobre a Cegueira (baseado na obra homônima de José Saramago), que traz um pensamento que é comum aos meus conceitos de humanização em conflitos com a ética pessoal, e que dá uma ideia do que há de oculto nos pensamentos das pessoas.
Para parecermos pessoas melhores e distintas, nos privamos de instintos e vontades para que não possamos ultrapassar a liberdade alheia e causar conflitos com outras pessoas. Sendo assim, chamamos de racionalidade o fato de não matarmos, como os animais, quem invadiu nossa liberdade e/ou consideramos errado roubar, mesmo que seja numa situação de dificuldade de uma pessoa que não teve oportunidades que nós tivemos. Este é o tipo de pensamento que usamos para nos definir como racionais, e que é quebrada por uma parcela de excluídos que chamamos de marginais.
No ensaio de Saramago, este tipo de abordagem é feita a partir da idéia de que todos somos marginais, animais e que o que nos diferencia é justamente tal pudor aos olhos do coletivo, mas que é simplesmente quebrado a partir do momento que os olhos dos outros, literalmente, não estão mais voltados para nós, ou seja, é o que faríamos quando ninguém estivesse nos olhando. Esse tipo de ideia traz o verdadeiro “eu” das pessoas. e que, às vezes, é trazido à tona sutilmente ao tentarmos nos dar bem as custas de outros.
Como conclusão, podemos entender que não se pode exigir empatia de todos ao nosso redor, mas se pode plantar um pouco de consciência nas ideias de todos, partindo do simples principio... Será que o que faço às pessoas, seria legal se se voltasse contra mim?
Entenda e aceite sua essência, mas pense sempre no impacto que suas ações e vontades individuais causarão à liberdade dos outros.
Parabéns pela reflexão, já havia lido e fico feliz que refletiu e concluiu que deveria criar um blog, seja bem-vindo ao mundo dos blogs.
ResponderExcluirBom, acho que não preciso dizer isso pra um cara do ramo da comunicação.
Novamente parabéns pela reflexão sobre o livro/filme. Muito bom e coeso!
valeu Pooorrrpeeess!
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