FASES FOREST GUMP
No banco da praça à frente do ponto de ônibus, passo certo tempo da vida dividindo histórias com pessoas desconhecidas. Espero o ônibus certo para seguir meu caminho para o futuro e de uma parte de mim que deixei há tempos para trás. Mas por enquanto me permito dividir experiências com quem está disperso e suceptível a passar certo tempo com alguém que pensa em atitudes para o futuro refletindo sobre o passado.
Como a personagem de Hanks, todos nos imaginamos fazendo coisas que influenciariam outras pessoas, ou o futuro de várias pessoas. Fazer parte do futuro de vários de uma forma ativa e direta quando se lembram de nossos feitos. O interessante é que em cada história Forest faz participa “virtualmente e poeticamente” de eventos que criaram algo que todos nós conhecemos, mas que foram feitas de forma natural e totalmente inconsciente e sem vaidade. Forest é uma pessoa que não tem ciência total das coisas que faz e de como suas ações cruzam com as vidas das outras pessoas, ele somente as faz por ter vontade de fazê-las. O interessante sobre essa personagem não é exatamente as coisas que são feitas, ou pelo menos, que diz fazer, mas sim como são feitas.
Vemos que sempre faz as coisas de acordo com o fluxo e pelas influências externas das pessoas ao seu redor, o que o mandam fazer, ele simplesmente faz. O que dizem pra dizer, ele simplesmente diz e assim, mesmo coagido pelos outros, acaba desempenhando atividades interessantes, mesmo que não tenham sido criadas, pensadas por ele. Ele apenas as executa. Todos temos fases onde seguimos o fluxo e de forma inconsciente decidimos por caminhos que não foram procurados por nós e sim foram apontados por outros. A ideia não é pensar como se isto estivesse errado, por mais subalterno/submisso que pareça, e sim criar uma trilha própria dentro do caminho que nos foi criado. Somos seres endêmicos de nossas respectivas sociedades e aprendemos a fazer escolhas dentro da realidade que temos em cada momento de nossas vidas.
Assim, como muitos, podemos ter nossas escolhas dentro de um limitado número de propostas que nos são apresentadas, basta apenas buscar as que condizem mais com o que queremos ser. Apenas as pessoas que pensam além dessa realidade que são enquadradas como especiais, ou diferenciadas, têem a grande ciência de ser alguém que está além da maioria, não apenas por tomar caminhos diferentes do que já é conhecido, mas de enxergar além do que a maioria vê e escolher os caminhos certos dentro do desconhecido. Será que conseguimos nos arriscar? Na teoria não é difícil.
É comum encontrar pessoas que se limitam aos caminhos que lhes são impostos, pois isso estas "personagens" chamam de trabalho.
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Não estou inspirado pra escrever. Estou com sono, mas acho que entendi o que quis dizer, turco.
Mais um belo texto. Parabéns!
O desconhecido te assusta ?
ResponderExcluiracredito que não.
esse fluxo é presente em todos, mais ele é totalmente reversivél.
É bacana ver a influência positiva que é causada em terceiros através de grandes feitos, ou até mesmo ser influenciado com ciências alheias, o triste é querer copiar um outro alguém por limitação e falta de criatividade, isso também é algo que faz parte da coerção social
ResponderExcluirEngraçado, mas e quando temos mais de uma opção para escolhermos, onde as duas condizem (de certa forma) com o que queremos ser? Essa escolha realmente mudará o rumo das pessoas envolvidas para o bem ou para o mal (depende do ponto de vista), mas o interessante mesmo é que essa "maldição" é uma experiência de vida inigualável, onde aprendermos a ser grandes se formos simples! Digo também que temos de agir com a razão, não com a emoção. Mas tudo torna-se mais complicado na prática, pois nós, simples mortais, temos o dom de complicar tudo...
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